Aspecto:
O ácido oxálico, anidro ou di-hidratado, aparece na forma de cristais
higroscópicos, translúcidos, incolores.
O ácido oxálico anidro é parcialmente solúvel em etanol e outros solventes.
O ácido oxálico di-hidratado é parcialmente solúvel em água, em etanol e
outros solventes.
Principais usos:
- Polimento eliminação de ferrugem em metais, mármores e outras pedras;
- Branqueamento e curtição do couro;
- Branqueamento de texteis; cortiça, palha e papéis;
- Fabricação de tintas;
- Produto anti-tártaro;
- Preparação de oxalatos.
Propriedades :
Anidro:
Massa molar = 90,03
Ponto de fusão = 189,5 ºC
Densidade = 1,901
Di-hidratado:
Massa molar = 126,07
Ponto de fusão = 101,5 ºC
Densidade = 1,653
Sublima-se a 150 ºC
A partir de 160 ºC decompõe-se em ácido fórmico + monóxido e
dióxido de carbono + água.
As soluções aquosas de ácido oxálico são sensíveis à luz e ao ar,
formando dióxido de carbono.
Sob ação de luz ultravioleta, tanto a forma anidra quanto a di-hidratada
, decompõe-se em ácido fórmico e dióxido de carbono.
Pode reagir violentamente com fortes agentes oxidantes.
Riscos de incêndio:
Na forma de poeira em suspensão no ar pode ser origem de incêndio
s e explosões, por efeito do calor ou fontes de ignição.
Durante a combustão há emissão de fumos tóxicos, devendo ser usados
aparelhos respiratórios autônomos e vestimenta isolante, no combate ao fôgo,
com água sob pressão. O produto da combustão é caustico para a pele.
Risco Toxicológico:
Intoxicação aguda.
Puro ou em soluções concentradas, produz lesões imediatas nos tecidos,
as quais agravam-se progressivamente. As soluções diluídas tambem são
cáusticas, mas as lesões demoram mais a aparecer.
A ingestão provoca dores na boca, retroesternais e abdominais, vômitos, as vezes sanguinolentos. Hipocalcemia aparece na hora seguinte à ingestão, provocando parestesias, convulsões e perturbações na condução e repolarização cardíacas.
Lesões digestivas após 4 a 12 horas da ingestão, podendo haver
perfuração esofagiana ou gástrica, nos dias seguintes à ingestão.
As intoxicações mortais, nos adultos, ocorrem, em geral, para ingestão
a partir de 30 g de ácido oxálico.A morte geralmente é precoce, decorrente
de perfuração digestiva, hemorragia maciça ou parada cardíaca por fibrilação
ventricular ou assistolia.
Exposição a aerosóis de ácido oxálico provoca irritação das mucosas
oculares e respiratórias. As lesões , mesmo após a interrupção da exposição,
continuam a evoluir.
Projeções oculares de ácido oxálico não produzem dor imediata, exceto
em caso de soluções concentradas. A dor aparece após um intervalo de alguns
minutos a algumas horas, podendo a lesão evoluir para necrose, se não
houver tratamento adequado.
É possível ocorrer intoxicação sistêmica, após contaminação cutânea
extensa.
Intoxicação crônica.
Sintomas : Lesões cáusticas, unhas quebradiças e enegrecidas, astenia,
ansiedade, irritabilidade, vômitos, emagrecimento, tosse, pele sêca.
A oxalase é uma doença metabólica e caracteriza-se por perturbações da
condução cardíaca, neuropatia periférica, depósitos de oxalato de sódio em
todos os tecidos, nefrocalcinose, insuficiencia renal, danos articulares,
litíases urinárias oxálicas, osteomalácia, hiperparatiróide secundária.
Recomendações Gerais.
Proteger dos raios solares, de fontes de ignição e
calôr. Não armazenar junto com produtos
oxidantes e inflamáveis. Deve existir hidrante próximo
ao local de armazenagem.
Usar luvas ,vestimentas, óculos e
proteção respiratória.
Recomendar o uso de óculos protetores aos portadores de lentes de
contato.
Lavar vestimentas e EPIs, após o uso.
Observar higiene corporal rigorosa, lavando as mãos e o rosto antes das
refeiçoes, e tomando banho, com troca de roupas, após o turno de trabalho. Instalar chuveiros e lava-olhos, nos locais de trabalho.
Em caso de contato com a pele, lavar imediatamente com água em
grande quantidade.Retirar as roupas sujas.Aplicar cloreto de cálcio ou
gluconato de cálcio, em compressas
Em caso de ingestão, não induzir o vômito. Encaminhar ,
com urgência , ao hospital, se possível em ambulância equipada para
reanimação. Na espera por socorro, fazer a vítima ingerir cloreto de
cálcio, a 5 %.
Não despejar resíduos no esgoto.
Etiquetar recipientes de acordo com a NR 26.